Por Dr. Hilton Gonçalo – Pré-candidato a senador pelo
Maranhão
No Maranhão, a fé e a tradição caminham lado a lado
com esperança no futuro. Neste 13 de junho, celebramos Santo Antônio, o santo
da fartura e dos casamentos. No coração do Nordeste, onde as festas juninas
aquecem a economia — desde as barracas de canjica às grandes redes de turismo
—, há um lugar especial que merece nosso destaque: Santo Antônio dos Lopes.
É com toda reverência e respeito, que peço licença aos
fiéis e sobretudo ao Santo, para explicar o porquê de fazer aqui o casamento
desta data com Santo Antônio dos Lopes. Esse pedaço abençoado do nosso estado que
carrega duas riquezas: um povo trabalhador por cima da terra, e uma fortuna em
gás natural debaixo dela.
O município abriga parte da Bacia do Parnaíba, onde a
OGX já investiu R$ 700 milhões e identificou uma reserva de gás estimada em 56
trilhões de pés cúbicos — o equivalente a duas Bolívias e meia. Mas apesar desta
riqueza natural, o Maranhão ainda está fora da etapa mais lucrativa da cadeia
do gás: o envasamento do GLP (gás de cozinha). Hoje, mais de R$ 2 bilhões por
ano saem do bolso dos maranhenses e vão embora para fora do estado, sem gerar
empregos ou renda por aqui.
A Eneva, maior operadora privada de gás natural do
Brasil, produz diariamente 9 milhões de metros cúbicos de gás, sendo 8,4
milhões apenas na Bacia do Parnaíba. No entanto, o gás que aquece o fogão da
dona Maria Joana, lá no interior, ainda vem de fora. E quando ela tem só R$ 60
não pode comprar um botijão de 13kg que custa R$ 120. E acaba recorrendo ao que
tem: lenha, casca de coco babaçu... enquanto a fartura está debaixo dos seus
pés.
É por isso que, hoje, com respeito à fé e à tradição,
proponho um novo casamento: o do gás natural com o povo maranhense. É hora de
parar de perguntar “e se” e começar a afirmar “e quando” vamos mudar essa
realidade.
E quando o Maranhão envasar o próprio gás?
E quando gerarmos aqui os bilhões que hoje escapam por
entre os dedos?
E quando transformarmos potencial em desenvolvimento
de verdade?
Para isso, o Maranhão precisa de um senador com os
sentidos ligados à nossa gente:
Com visão para enxergar oportunidades onde há
abandono,
Com tato para sentir a dor do povo e atitude para
transformar vidas,
Com coragem para lutar pelo que é nosso.
Com fé em Santo Antônio e confiança no trabalho, vamos
fazer esse casamento acontecer. O Maranhão pode, sim, ser dono da sua própria
fartura. Basta ter representação de verdade, que pense no povo, na terra e no
futuro.
Hilton Gonçalo – pré-candidato a senador pelo
Maranhão.
Pelo direito de prosperar, com todo o gás.